sábado, 19 de junho de 2010

03 de janeiro de 1500


Hoje deve ser o pior dia da minha vida, essa chuva incessante e mesmo assim meu pai e minha mãe estão sendo obrigados a trabalhar na lavoura.

A exatos nove anos eu nasci e quando digo exatos, estou falando sério. Hoje era para ser um dos melhores dias da minha vida, mas como eu já falei esta sendo um dos piores, bom acho melhor parar de me lamentar e me levantar logo da cama, afinal hoje vai começar o meu treinamento para me tornar um samurai.

Estou chegando na cozinha quando de repente ouço minha mãe e meu pai discutido “se eu soubesse que quando me casasse com você teria que ficar aturando desaforo todo dia preferiria nunca ter me casado” esse foi minha mãe falando. O nome dela é Karin, “você não faz nada o dia inteiro nem me ajudar na plantação você me ajuda” esse foi meu pai o nome dele e Jimmu, “Nem te ajudo, que mentira você fica lá conversando com os seus amigos lá na plantação, enquanto isso eu fico aqui trabalhando feito uma escrava”,nisso eu entro na cozinha e falo “mãe sabe que dia e hoje ?” e ela respondeu “sei hoje é dia de você começar a ajudar a gente na lavoura” o que para piorar o meu dia ela também não lembra que hoje o querido filho dela faz nove anos ,então eu digo “mãe você esta brincando, né?” e ela responde com a maior calma do mundo “não filho estou falando muito serio se você quer saber,acho melhor você começar a ajudar o imprestável do seu pai ainda hoje” então meu pai diz “imprestável?você fi...”depois disso não ouvi mais nada já que só senti meus olhos ficarem cheios de água, então comecei a correr, corri como jamais corri na minha vida atravessei todo o campo feudal e quando dei por mim eu estava no meio da cidade de Tokygawa,eu nunca tinha estado na cidade sozinho antes,eu estava muito amedrontado então já ia voltar a correr quando apareceu um homem ao meu lado e falou “ola garotinho,você e muito novo para estar sozinho numa cidade como Tokygawa não e?”

E eu respondi com receio na voz “e-e-eu vim d-d-do campo f-fe-feudal que tem aqui perto” · então o homem disse “qual e o seu nome?” e eu respondi “meu nome e kotaro, asuma kotaro” e o homem disse lentamente as seguintes palavras “então você e filho de Karin e Jimmu Asuma, ótimo ate porque os seus pais têm uma divida enorme com o meu mestre”.

Nisso eu sinto uma enorme pancada na nuca e desmaio

Quando acordo, estou amarrado numa cadeira em uma sala escura e com uma vela a minha frente, do lado dessa vela esta uma caixa de explosivos e o fio da caixa de explosivos esta pegando fogo, começo a ficar desesperado se aqueles explosivos explodirem eu com certeza vou morrer sinto as lagrimas começarem a descer do meu rosto então eu vejo um vulto se mexendo escondido nas sombras , eu pergunto “quem esta ai?”

Então o vulto chega, mais perto e eu vejo que é aquele homem da cidade “um, parece que você já acordou, eu esperava que você acordasse só depois que tudo fosse pelos ares, mas você é resistente, meus parabéns, mas acho que já esta na hora de eu receber o que eu mereço” eu estava cada vez, mais nervoso, então decidi enrolar ele porque ai talvez eu consegisse fugir dali.

“O que eu fiz pra você?por que esta fazendo isso comigo?” e ele responde “você?você nunca me fez nada quem fez algo contra mim foram seus pais” então pergunto de novo

“o que eles fizeram com você?” e ele responde “ os seus pais devem ao meu mestre quantias enormes em dinheiro e ele só tem até sete e meia da noite para trazer o dinheiro,e pelo que eu estou vendo só faltam dez minutos” eu estou cada vez mais amedrontado quando de repente ouço assim “senhor Tekashi você sera morto aqui e agora”eu mal pude acreditar tinha mais alguém ali além de nós dois, então o homem que pelo que parece se chamava Tekashi disse “quem esta ai?” então a voz misteriosa disse “ninguém da sua conta” então um vulto passa correndo do lado do Tekashi e o corpo morto de Tekashi cai no chão,minhas cordas se soltam e a voz diz “corra para casa você terá uma surpresa e tanto quando chegar lá”

Rapidamente sai daquela sala e acabei chegando em um beco virei a direita e estava na rua principal da cidade corri muito e quando vi já estava praticamente em casa entrei e comecei a gritar “mãe, pai” ninguém responde então gritei de novo “mãe, pai” ninguém respondeu de novo então corri para a cozinha ao chegar lá dou de cara com meus pais caídos no chão e com sangue na parede e em cima da mesa um bolo com uma vela apagada começo a ficar desesperado e vou ao encontro deles, quando vejo o corte nas suas costas começo a chorar.

Alguns minutos. depois eu vou para fora de nossa casa com a vela na mão e digo bem alto “hoje com certeza foi o pior dia da minha vida” e como nossa casa era feita de madeira eu jogo a vela em cima dela e em instantes a casa esta ardendo em chamas.

Meu ultimo pensamento naquele dia foi “a partir de agora eu estou sozinho tenho que me tornar um samurai e principalmente sobreviver”.